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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Pesca do robalo com jig head



O ROBALO

Tem um corpo alongado de cor cinzento-prateado com uma faixa transversal ao longo de todo o corpo que torna fácil a identificação pelos pescadores.
É encontrado em todo o litoral brasileiro, onde habita junto aos estuários enquanto juvenil (tric), suportando águas de baixa salinidade.  Os tricks costumam formar cardumes numerosos, enquanto os adultos vivem solitários. Sua alimentação e a base de crustáceos, peixes e moluscos.


Pesca de Robalos com Jig Head

Primeiro vamos falar sobre os materiais utilizados nesta técnica.
Vale lembrar que não existe uma regra fixa, pois o material adequado depende de diversos fatores e do gosto pessoal de cada pescador.
Os jig heads normalmente são usados quando o peixe está se alimentando no fundo ou muito manhoso ou na maioria das vezes na pesca de inverno. O ataque dele é totalmente diferente de um ataque nos plugs, por exemplo.
No inverno principalmente o robalo mal coloca na boca a isca. Mal dá para sentir o “choquinho” na linha. O pescador com menos prática e experiência chega a achar que o jig esbarrou numa pedra, galho ou qualquer outra estrutura que havia no fundo, deixando de ferrar o que provavelmente seria um robalo. Na dúvida fisgue!
Temos que ter muito cuidado com o material escolhido, pois o peixe só engole a isca e sai correndo quando está muito ativo. É muito importante manter sempre a linha sem folgas, utilizar o material adequado e de boa qualidade, e principalmente estar muito atento pois o ataque do robalo no jig head costuma ser muito sutil.
Bom vamos aos materiais:

LINHAS:
A primeira coisa a se pensar para pesca do robalo é que quanto mais fina a linha maior a sensibilidade que ela transmite. Por isso eu prefiro usar as multifilamentos de 14 e no máximo 20lbs,  já o leader de flúorcarbono tenho usado o 32mm para os robalos pevas. Já para a pesca do flexa eu uso 42 mm chegando a usar até 52mm, lembrando que vale o mesmo princípio, quanto mais fina a linha maior a chance de sentir a batida do peixe.
Existe a possibilidade é usar as linhas fluorcarbon como linha principal. Mas eu não gosto pois o diâmetro do fluorcarbon precisa ser maior o que diminui a capacidade de linha no carretel e aumenta o arrasto da mare.  Outro inconveniente é que velocidade da queda da isca é menor do que a queda da linha multifilamento.

VARAS:
A escolha da vara depende muito do gosto particular do pescador. No meu caso prefiro as varas de no mínimo 6’ pés, passando pelas 6’3’’ e no Máximo 6’6’’. Com libragens de ou 14 a 17lbs. Como costumo usar jig heads de no máximo 14 gramas então não é necessário varas com mais de 17lbs. Sempre prefiro varas longas devido a melhor alavanca na hora de fisgar o peixe. Além de transmitir mais sensibilidade a batida do peixe. Um fator muito importante quando escolher a vara é sua ação, recomendo no mínimo média-rápida. Atualmente, tenho dado preferência para as rápidas e extra rápidas. Durante o trabalho de sobe e desce, em toques contínuos, utilizado na pesca com jig heads pode acontecer a laçada da linha na ponta da vara. Uma maneira de diminuir a chance que isso aconteça é a escolha de uma vara com ponteira anti enrosco. Hoje existem diversos modelos no mercado com esse tipo de ponteira para a pesca de pindoco.

ISCAS:
Em relação as iscas, há 3 tipos basicamente para se usar na pesca do robalo com jig head. Os camarões, shads e grubs. Devemos alternar estas iscas durante a pescaria até encontrarmos a isca do dia. Haverá situações em que o robalo irá selecionar apenas uma delas, mas também haverá dias em que o peixe está mais ativo e não tão seletivo, e as 3 darão bons resultados durante a mesma pescaria.
Os shads são uma boa alternativa para rios, já que o robalo não se alimenta apenas de camarão mas sim de peixinhos também, principalmente no inverno. Nessa condição o shad se torna uma boa opção.
 O grub transmite uma boa vibração na agua devido a sua calda, o que os torna uma boa opção quando há pouco camarão no rio. Essa vibração atrai até mesmo os robalos mais manhosos.
Mas a isca que eu mais gosto é o camarão, já que é a principal fonte de alimento dos robalos. Mesmo no frio dou preferência para eles pois é o alimento natural do robalo. E quase sempre dá bons resultados com jig head.
O tamanho das iscas pode variar conforme o dia da pescaria, de 6cm a 10cm de acordo com o comportamento do peixe. Mas na maioria dos casos uso camarão pequeno. Existe a lenda que peixe grande prefere isca grande, mas na pratica não é bem assim que funciona. O segredo é que não existe uma regra exata. Peixes grandes pegam em iscas pequenas e peixes pequenos também pegam em iscas maiores. Vale ir alternando entre tamanhos e cores até encontra o que o peixe quer naquele dia.

PESOS DOS JIGS HEADS:
A escolha do peso do jig head é principalmente em virtude da força da maré. É preciso sentir o fundo por isso se a maré está forte uso um jig maior se está fraca uso menor. Lembrando que quanto menor o peso maior será a sensibilidade do ataque do peixe. Além de que com a isca mais leve sua apresentação ao peixe será mais natural aumentando a chance do peixe se interessar. Quando a isca cai muito rápido pode assustar o peixe. Em situações em que o robalo está comendo iscas rápidas recomento o jig mais pesado, pois fica mais fácil de manter a isca na altura desejada.

COMO TRABALHAR O JIG:
Há várias maneiras de trabalhar o jig head, pode ser no fundo com toques ou com arrasto.
Na meia água ou com toques ou com recolhimento contínuo rápido ou lento. Em dias que o robalo está na meia agua gosto de usar grubs com recolhimento continuo. Alternando a velocidade. Normalmente da bons resultados.
Para utilizar um jig head leve com a mare forte devemos pescar a favor da mare. Desta forma o jig consegue chegar ao fundo. Mas esse trabalho dendê a ser mais rápido pois a linha deve sempre ficar esticada.
Com a maré lenta com o robalo tende a atacar as iscas rápidas, é mais fácil a técnica, deve-se usar os jigs com toques mais rápidos sem muita pausa entre eles e erguendo a vara durante os toques com maior altura.

JIG HEAD NO FUNDO:
A pesca com jig head no fundo é a mais produtiva, mas é a que requer mais concentração e sensibilidade por parte do pescador. Por isso devemos manter sempre o equipamento equilibrado. Desta forma tiramos o máximo proveito da técnica.
Basicamente há duas técnicas para pescaria de fundo com jig head.
A mais usada é com toques de ponta de vara. Costumo iniciar um toque rápido ou dois toques, então espero o jig chegar ao fundo novamente. Normalmente levanto a isca cerca de 50cm a 1m de altura do fundo do rio. Quando utilizar essa técnica a favor da mare não é necessário o recolhimento da linha com frequência. Pois a mare arrasta o camarão e mante sempre a linha tencionada. Para pescar contra a maré deve-se sempre recolher a folga de linha.
Outra maneira de usar o jig head no fundo é arrastando ele lentamente. Técnica que dá bom resultado quando o peixe esta manhoso. Nessa técnica faço um arrasto da isca e no final levanto um pouco a ponta da vara para a isca sair do fundo. Normalmente é nessa hora que o peixe ataca. Portanto mais uma vez é preciso ficar atento e sempre recolher a sobra de linha.
Lembre-se: pescar é a arte de contemplar e entender a natureza, é um momento que entramos em contato com nosso criador. Então curtam cada dia de pescaria.
E isso ai, espero que aproveitem as dicas e boa pescaria.

Um comentário:

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